EVANGELHO DE JESUS CRISTO

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

O TEMOR DO SENHOR

Deuteronômio 6.1-2 "Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, vosso Deus, para se vos ensinar, para que os fizésseis na terra a que passais a possuir; para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, e que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho do teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados."
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Um mandamento frequentemente ao povo de Deus do AT é "temer a Deus" ou "temer ao Senhor".
É importante que saibamos o que esse mandamento significa para nós como crentes.
Somente à medida que verdadeiramente temeremos ao Senhor é que seremos libertos da escravidão de todas as formas de temores anormais e satânicas.
O SIGNIFICADO DO TEMOR DE DEUS.
O mandamento geral de "temer ao Senhor" inclui uma variedade de aspectos do relacionamento entre o crente e Deus.
(1) É fundamental, no temor a Deus, reconhecer a sua santidade, justiça e retidão como complemento do seu amor e misericórdia, i.e., conhecê-lo e compreender plenamente quem Ele é (cf. Pv 2.5).
Esse temor baseia-se no reconhecimento que Deus é um Deus santo, cuja natureza inerente o leva a condenar o pecado.
(2) Temer ao Senhor é considerá-lo com santo temor e reverência e honrá-lo como Deus, por causa da sua excelsa glória, santidade, majestade e poder (ver Fp 2.12 nota).
Quando, por exemplo, os israelitas no monte Sinai viram Deus manifestar-se através de "trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte" o povo inteiro "estremeceu" Êx 19.16) e implorou a Moisés que este falasse, ao invés de Deus (Êx 20.18,19; Dt 5.22-27). Além disso, o salmista, na sua reflexão a respeito do Criador, declara explicitamente:
"Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo.
Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu" (Sl 33.8,9).
(3) O verdadeiro temor de Deus leva o crente a crer e confiar exclusivamente nEle para a salvação. Por exemplo: depois que os israelitas atravessaram o mar Vermelho como em terra seca e viram a extrema destruição do exército do egípcio, "temeu o povo ao SENHOR e creu no SENHOR" (ver Êx 14.31 nota).
 Semelhantemente, o salmista conclama a todos os que temem ao Senhor: "confiai no SENHOR; ele é vosso auxílio e vosso escudo" (Sl 115.11).
 Noutras palavras, o temor ao Senhor produz no povo de Deus esperança e confiança nEle.
Não é de admirar, pois, que tais pessoas se salvem (Sl 85.9) e desfrutem do amor perdoador de Deus, e da sua misericórdia (Lc 1.50; cf. Sl 103.11; 130.4).
(4) Finalmente, temer a Deus significa reconhecer que Ele é um Deus que se ira contra o pecado e que tem poder para castigar a quem transgride suas justas leis, tanto no tempo como na eternidade (cf. Sl 76.7,8).
Quando Adão e Eva pecaram no jardim do Éden, tiveram medo e procuraram esconder-se da presença de Deus (Gn 3.8-10).
Moisés experimentou esse aspecto do temor de Deus quando passou quarenta dias e quarenta noites em oração, intercedendo pelos israelitas transgressores: "temi por causa da ira e do furor com que o SENHOR tanto estava irado contra vós, para vos destruir" (9.19).
RAZÕES PARA TERMOS TEMOR DE DEUS.
As razões para temer o Senhor vêm do significado do temor do Senhor.
(1) Devemos temê-lo por causa do seu grande poder como o Criador de todas as coisas e de todas as pessoas (Sl 33.6-9; 96.4,5; Jo 1.9).
(2) Além disso, o poder inspirador de santo temor que Ele exerce sobre os elementos da criação e sobre nós é motivo de temê-lo (Êx 20.18-20; Ec 3.14; Jn 1.11-16; Mc 4.39-41).
(3) Quando nós nos apercebemos da santidade do nosso Deus, i.e., sua separação do pecado, e sua aversão constante a ele, a resposta normal do espírito humano é temê-lo (Ap 15.4).
(4) Todos quantos contemplarem o esplendor da  glória de Deus não podem deixar de experimentar reverente temor (Mt 17.1-8).
(5) As bênçãos contínuas que recebemos da parte de Deus, especialmente o perdão dos nossos pecados (Sl 130.4), devem nos levar a temê-lo e a amá-lo (1 Sm 12.24; Sl 34.9; 67.7; Jr 5.24; ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA).
(6) É indubitável que o fato de Deus ser um Deus de justiça, que julgará a totalidade da raça humana, gera o temor a Ele (17.12,13; Is 59.18,19; Ml 3.5; Hb 10.26-31).
É uma verdade solene e santa que Deus constantemente observa e avalia as nossas ações, tantos as boas quanto as más, e que seremos responsabilizados por essas ações, tanto agora como no dia do nosso julgamento individual.
CONOTAÇÕES PESSOAIS LIGADAS AO TEMOR DE DEUS.
O temor de Deus é muito mais do que uma doutrina bíblica; ele é diretamente aplicável à nossa vida diária, de numerosas maneiras.
(1) Primeiramente, se realmente tememos ao Senhor, temos uma vida de obediência aos seus mandamentos e damos sempre um "não" estridente ao pecado.
Uma das razões porque Deus inspirou temor nos israelitas no monte Sinai foi para que aprendessem a desviar do pecado e a obedecer à sua lei (Êx 20.20). Repetidas vezes no seu discurso final aos israelitas, Moisés mostrou o relacionamento entre ao temor ao Senhor e o serviço e a obediência a Ele (e.g., 5.29; 6.2,24; 10.12; 13.4; 17.19; 31.12).
Segundo o salmista, "temer ao Senhor equivale  a deleitar-se nos seus mandamentos" (Sl 112.1) e seguir os seus preceitos (Sm 119.63).
Salomão ensinou que "pelo temor do SENHOR, os homens se desviam do mal" (Pv 16.6; cf. 8.13).
Em Eclesiastes, o dever inteiro da raça humana resume-se em dois breves imperativos: "Teme a Deus e guarda os seus mandamentos" (Ec 12.13).
Inversamente, aquele que se contenta em viver na iniquidade, assim faz porque "não há temor de Deus perante os seus olhos" (Sl 36.1-4).
(2) Um corolário importante da conotação supra é que o crente deve ensinar seus filhos a temer ao Senhor, levando-os a abominar o pecado e a guardar os santos mandamentos de Deus (4.10; 6.1,2,6-9).
A Bíblia declara frequentemente que "O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria" (Sl 111.10; cf. Jó 28.28; Pv 1.7; 9.10).
Visto que um alvo básico na educação dos nossos filhos é que vivam segundo os princípios da sabedoria estabelecidos por Deus (Pv 1.1-6), ensinar esses filhos a temerem ao Senhor é um primeiro passo decisivo (ver o estudo PAIS E FILHOS).
(3) O temor de Deus tem um efeito santificante sobre o povo de Deus.
Assim como há um efeito santificante na verdade da Palavra de Deus (Jo 17.17), assim também há um efeito santificante no temor a Deus.
Esse temor inspira-nos a evitar o pecado e desviar-nos do mal (Pv 3.7; 8.13; 16.6).
Ele nos leva a ser cuidadosos e comedidos no que falamos (Pv 10.19; Ec 5.2,6,7).
Ele nos protege do colapso da nossa consciência, bem como a nossa firmeza moral.
O temor do Senhor é puro e purificador (Sl 19.9); é santo e libertador no seu efeito.
(4) O temor do Senhor motiva o povo de Deus a adorá-lo de todo o seu ser.
Se realmente tememos a Deus, nós o adoramos e o glorificamos como o Senhor de tudo (Sl 22.23).
Davi equipara a congregação dos que adoram a Deus com "os que o temem" (Sl 22.25).
Igualmente, no final da história, quando um anjo na esfera celestial proclama o evangelho o evangelho eterno e conclama a todos na terra a temerem a Deus, acrescenta prontamente: "e dai-lhe glória... E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas" (Ap 14.6,7).
(5) Deus promete que recompensará a todos que o temem. "O galardão da humildade e o temor do SENHOR são riquezas e honra, e vida" (Pv 22.4).
Outras recompensas prometidas são a proteção da morte (Pv 14.26,27), provisões para a nossas necessidades diárias (Sl 34.9; 111.5), e uma vida longa (Pv 10.27).
Aqueles que temem ao Senhor sabem que "bem sucede aos que temem a Deus", não importando o que aconteça no mundo ao redor (Ec 8.12,13).
(6) Finalmente, o temor ao Senhor confere segurança e consolo espiritual indizíveis para o povo de Deus.
O NT vincula diretamente o temor de Deus ao conforto do Espírito Santo (At 9.31).
Por um lado, quem não teme ao Senhor não tem qualquer consciência da sua presença, graça e proteção (ver 1.26 nota); por outro lado, os que temem a Deus e guardam os mandamentos dEle têm experiência profunda de proteção espiritual na sua vida, e da unção do Espírito Santo.
Têm certeza de que Deus vai "livrar a sua alma da morte" (Sl 33.18,19; ver os estudos A MORTE, e A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO).

DEUS ABENÇOE TODOS VOCÊS EM CRISTO JESUS. AMÉM!

domingo, 9 de dezembro de 2018

O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS

Deuteronômio 29.1 "Estas são as palavras do concerto que o SENHOR ordenou a Moisés, na terra de Moabe, que fizesse com os filhos de Israel, além do concerto que fizera com eles em Horebe."

O CONCERTO NO MONTE SINAI (HOREBE).
Deus fez um concerto com Abraão e o renovou com Isaque e Jacó (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ).
O concerto de Deus com os israelitas, feito ao sopé do monte Sinai (ver Êx 19.1 nota), abrange os dois princípios básicos tratados no estudo supra citado.
(1) Unicamente Deus estabelece as promessas e compromisso do seu concerto, e
(2) aos seres humanos cabe aceitá-los com fé obediente. A diferença principal entre este concerto e o anterior é que Deus fez um sumário das respectivas promessas e responsabilidades do concerto antes da sua ratificação (Êx 24.1-8).
(1) As promessas de Deus, neste concerto, eram basicamente as mesmas que foram feitas a Abraão (ver Êx 19.1 nota). Deus prometeu
(a) que daria aos israelitas a terra de Canaã depois de libertá-los da escravidão no Egito (Êx 6.3-6; 19.4; 23.20,23), e
(b) que Ele seria o seu Deus e que os adotaria como o seu povo (Êx 6.7; 19.6; ver Dt 5.2 nota).
O alvo supremo de Deus era trazer ao mundo o Salvador através do povo do concerto.
(2) Antes de Deus cumprir todas essas promessas, Ele requereu que os israelitas se comprometessem a observar as suas leis declaradas quando eles estavam acampados no monte Sinai.
Depois de Deus revelar os dez mandamentos e muitas outras leis do concerto (ver o estudo A LEI DO ANTIGO TESTAMENTO), os israelitas juraram a uma só voz: "Todas as palavras que o SENHOR tem falado faremos" (Êx 24.3). Sem essa promessa solene de aceitarem as normas da lei de Deus, o concerto entre eles e o Senhor não teria sido confirmado (ver Êx 24.8, nota).
(3) Essa resolução de cumprir a lei de Deus, continuou como uma condição prévia do concerto. Somente pela perseverança na obediência aos mandamentos do Senhor e no oferecimento dos sacrifícios determinados por Deus e igualmente continuaria a receber as suas bênção.
Noutras palavras, a continuação da eleição de Israel como povo de Deus dependia da sua obediência ao seu Senhor (ver Êx 19.5 nota).
(4) Deus também estipulou claramente o que aconteceria se o seu povo deixasse de cumprir as obrigações do concerto.
O castigo pela desobediência era a destruição daquele povo, quer por banimento, quer por morte (ver Êx 31.14,15).
Trata-se de uma repetição da advertência de Deus, dada por ocasião do êxodo, i.e., aqueles que não cumprissem as suas instruções para a Páscoa seriam excluídos do povo (Êx 12.15,19; 12.15 nota). Essas advertências não eram fictícias.
Em Cades, por exemplo, quando os israelitas se rebelaram, incrédulos, contra o Senhor e se recusaram a entrar em Canaã, por medo dos seus habitante, Deus se irou com eles e, como castigo, fê-los peregrinar no deserto durante trinta e nove anos; ali, morreram todos os israelitas com mais de vinte anos de idade (exceto Calebe e Josué, ver Nm 13.26 - 14.39; 14.29 nota).
O castigo pela desobediência e incredulidades deles foi a perda do privilégio de habitar na terra do repouso, por Deus prometido (cf Sl 95.7-11; Hb 3.9-11,18).
(5) Deus não esperava de seu povo uma obediência perfeita, e sim uma obediência sincera e firme. O concerto já reconhecia que às vezes, devido às fraqueza humana, eles fracassariam (ver 30.20 nota). Para remi-los da culpa do pecado e reconciliá-los consigo mesmo, Deus proveu o sistema geral de sacrifícios e, em especial, o Dia Anual da Expiação (ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO). O povo podia, assim, confessar seus pecados, oferecer os diversos sacrifícios, e deste modo reconciliar-se com o seu Senhor.
Todavia, Deus julgaria severamente os desobedientes, a rebeldia e a apostasia deliberada.
(6) No seu concerto co os israelitas, Deus tencionava que os povos doutras nações, ao observarem a fidelidade de Israel a Deus, e as bênçãos que recebiam, buscassem o Senhor e integrassem a comunhão da fé (ver 4.6 nota).
Um dia, através do Redentor prometido, um convite seria feito às nações da terra para participarem dessas promessas.
Assim, o concerto tinha um relevante aspecto missionário.

O CONCERTO RENOVADO NAS PLANÍCIES DE MOABE.
Depois que a geração rebelde e infiel dos israelitas pereceu durante trinta e nove anos de peregrinação no deserto, Deus chamou uma nova geração de israelitas e preparou-os para entrarem na terra prometida, mediante a renovação do concerto com Ele. Para uma conquista bem-sucedida da terra de Canaã, necessário era que eles se comprometessem com esse concerto e que tivessem a garantia que o Senhor Deus estaria com eles.
(1) Essa renovação do concerto é o enfoque principal do livro de Deuteronômio (ver introdução). Depois de uma introdução (1.1-5), Deuteronômio faz resumo histórico de como Deus lidou com seu povo desde a partida do Sinai (1.6 - 4.43). Repete as principais condições do concerto (4.44 - 26.19), relembra aos israelitas as maldições e as bênçãos do concerto (27.1 - 30.20). e termina com as providências para a continuação do concerto (31.1 - 33.29).
Embora o fato não seja mencionado especificamente no livro, podemos ter como certo, assim como a geração anterior fizera no monte Sinai (cf. Êx 24.1-8; Dt 27; 29.10-14).
(2) O conteúdo básico desse concerto continuou como o do monte Sinai.
Um assunto reiterado no livro inteiro de Deuteronômio é que, se o povo de Deus obedecesse a todas as palavras do concerto, teria a bênção divina; em caso contrário, teria a maldição divina (ver especialmente 27 - 30).
A única maneira deles e seus descendentes permanecerem para sempre na terra de Canaã era guardarem o concerto, amando ao Senhor (ver 6.5 nota) e obedecendo à sua lei (30.15-20).
(3) Moisés ordenou ao povo que periodicamente relembrasse o concerto feito.
 Cada sétimo ano, na Festa dos Tabernáculos, todos os israelitas deviam comparecer ao lugar que Deus escolhesse.
Ali, mediante a leitura da lei de Moisés, eles relembrariam do concerto de Deus com eles, e também, mediante a renovação da promessa, de cumprir o que ouviam (3.9-13).
(4) O AT registra vários exemplos notáveis dessa lembrança e renovação do concerto.
Após a conquista da terra, e pouco antes da morte de Josué, este conclamou todo o povo com esse propósito (Js 24).
A resposta do povo foi clara e inequívoca: "Serviremos ao SENHOR, nosso Deus, e obedeceremos à sua voz" (Js 24.24).
Diante disso: "Assim, fez Josué concerto, naquele dia, com o povo" (Js 24.25).
Semelhantemente, Joiada dirigiu uma cerimônia de renovação do concerto, quando Joás foi coroado (2 Rs 11.17), e assim fizeram também Josias (2 Rs 23.1-3), Ezequias (cf. 2 Cr 29.10) e Esdras (Ne 8.1 - 10.39).
(5) A chamada para relembrar e renovar o concerto é oportuna hoje.
O NT é o concerto que Deus fez conosco em Jesus Cristo. Lembramos do seu concerto conosco quando lemos e estudamos a sua revelação contendo suas promessas e preceitos, quando ouvimos a exposição da Palavra de Deus e, mais especificamente, quando participamos da Ceia do Senhor (ver 1 Co 11.17-34).
Na Ceia do Senhor, também renovamos nossos compromissos de amar ao Senhor e servi-lo de todo coração (ver 1 Co 11.20 nota).

DEUS ABENÇOA TODOS VOCÊS. AMÉM!

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

A DESTRUIÇÃO DOS CANANEUS

Josué 6.21 "E tudo quanto na cidade havia destruíram totalmente a fio da espada, desde o homem até a mulher, desde o menino até ao velho, até ao boi e gado miúdo e ao jumento."

A DESTRUIÇÃO DOS CANANEUS.
(1) Antes de a nação de Israel entrar na terra prometida, Deus tinha dado instruções rigorosas quanto ao que deviam fazer com os moradores dali - deviam ser totalmente destruídos.
"Porém, das cidades destas nações, que o Senhor, teu Deus, te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego deixará com vida.
Antes, destruí-las-ás totalmente: aos heteus, e aos amorreus, e aos cananeus, e aos ferezeus, e as heveus, e aos jebuseus, como te ordenou o Senhor, teu Deus" (Dt 20.16,17; cf. Nm 33.51-53).
(2) O Senhor repetiu essa ordem depois dos israelitas atravessarem o Jordão e entrarem em Canaã. Em várias ocasiões, o livro de Josué declara que a destruição das cidades e dos cananeus pelos israelitas foi ordenadas pelo Senhor (Js 6.2; 8.1,2; 10.8).
Os crentes do novo concerto frequentemente argumentam sobre até que ponto essa destruição em massa de seres humanos é corrente com outras partes da Bíblia como revelação divina, que tratam do amor, justiça de Deus e do seu repúdio à iniquidade.
(3) A destruição de Jericó é um relato do justo juízo divino contra um povo iníquo em grau máximo e irremediável, cujo pecado chegara a atingir sua plena medida (Gn 15.16; Dt 9.4,5).
Noutras palavras, Deus aniquilou os moradores daquela cidade e outros habitantes de Canaã porque estes se entregaram totalmente à depravação moral. 
A arqueologia revela que os cananeus estavam envolvidos em todas as formas de idolatria, prostituição cultural, violência, a queima de crianças em sacrifício aos seus deuses e espiritismo (cf. Dt 12.31; 18.9-13; ver Js 23.12 nota).
(4) A destruição total dos cananeus era necessária para salvaguardar Israel da destruidora influência da idolatria e pecado dos cananeus.
Deus sabia que se aquelas nações ímpias continuassem a existir, ensinariam os israelitas "a fazer conforme todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, e pequeis contra o Senho, vosso Deus" (Dt 20.18).
Este versículo exprime o princípio bíblico permanente, de que o povo de Deus deve manter-se separado da sociedade ímpia ao seu redor (Dt 7.2-4; 12.1-4; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE e O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO).
(5) A destruição das cidades cananeias e seus habitantes, demonstra um princípio básico de julgamento divino: quando o pecado de um povo alcança sua medida máxima, a misericórdia de Deus sede lugar ao juízo (cf. 11.20).
Deus já aplicara esse mesmo princípio, quando do dilúvio (Gn 6.5,11,12) e da destruição das cidades iníquas de Sodoma e Gomorra (Gn 18.20-33; 19.24,25).
(6) A história subsequente de Israel confirma a importância desse princípio e da ordem divina de que todas as nações pagãs fossem destruídas.
Na realidade, os israelitas desobedeceram ao mandamento do Senhor e não expulsaram completamente todos os habitantes de Canaã.
Como resultado, começaram a seguir seus caminhos detestáveis e a servir a seus deuses-ídolos (ver Jz 1.28 nota; 2.2,17 notas).
O livro de Juízes é a resposta daquilo que o Senhor fez em resposta a essa apostasia.
(7) Finalmente, a destruição daquela geração de cananeus tipifica e prenuncia o juízo final de Deus sobre os ímpios, no fim dos tempos.
O segundo e verdadeiro Josué da parte de Deus, i.e., Jesus Cristo, voltará em justiça, com os exércitos do céu a fim de julgar todos os ímpios e de batalhar contra eles (Ap 19.11-21).
Todos aqueles que rejeitarem a sua oferta de graça e de salvação e que continuarem no pecado, perecerão assim como os cananeus.
Deus abaterá todas as potências mundiais e estabelecerá na terra o seu reino da justiça (Ap 18.20,21; 20.4-10; 21.1-4).

DEUS EM CRISTO JESUS ABENÇOE VOCÊS. AMÉM!